Mikix em Miami

Eu sempre me considerei imigrante, uma pessoa que escolheu adotar outro país como casa … mas aí, dia desses, quando comecei a me comparar com meus outros amigos, percebo que não estou dentro desse “padrão” de imigrantes que saem do Brasil para construir uma nova vida em um outro país.

Por algum motivo, mais forte que eu consiga controlar, eu e meu marido estamos sempre em um processo de busca de alguma coisa nova ou diferente, como se a rotina nos incomodasse. As vezes, até me pergunto se um dia eu realmente imigrei ou se estou em uma grande viagem que já dura mais de 16 anos…

Quem nos acompanha aqui no blog ou nos conhece pessoalmente, já sabe que quando tudo começa a ficar muito certinho e organizadinho, já é momento de uma nova experiência. Digo isso, pois estou começando a sentir sintomas dessa formiguinha da mudança querendo nos picar, de novo!  Sim, já estamos cheios de novos planos rs rs rs…

No fundo do coração eu admiro as pessoas que buscam raízes e estabilidade social, mas depois de muito analisar, acho que essa não é nossa praia! E hoje, resolvi fazer essa auto-análise escrita, só para ficar arquivado aqui no blog e não somente no meu mundo das ideias.

Já tivemos a vidinha perfeita da casa no suburbio e dois carros na garagem, isso não nos completou totalmente. Já ficamos um período absolutamente sem nenhuma casa, com nossas coisas em depósito, esse estilo nômade também não faz nosso esquema. E foi então que “descobri” que precisamos de um pouquinho de cada coisa para ser feliz.

E é nessa fase que estamos no momento, desde o ano passado estamos com um canto para chamar de nosso, que é o apê de Toronto. Ainda precisamos descobrir o que fazer com a casa da Florida e todas as coisas que temos dentro dela, e isso que está nos dando uma certa dor de cabeça no momento…  mas a ideia é sair pelo mundo, sem compromisso de estar necessariamente em um só lugar… e então, quando surgir aquela vontade de estar no nosso sofá, temos Toronto. Por isso, agora me classifico como semi-nômade 🙂

Pronto… tenho uma classificação! E você, já pensou que tipo de criatura você é? 😉