Vida em Ohio

Marcia em Ohio, Estados UnidosNunca é tarde para ir atrás de um grande amor. E foi assim que Marcia, aos 43 anos, abandonou tudo no Brasil, e com o fiho adolescente, foi viver com seu atual marido americano em Ohio.
Ela admite que não foi fácil, mas esta feliz com sua decisão e já se sente completamente adaptada a sua nova “vidinha america”… Conheça um pouquinho mais de sua história…

Vidinha Americana… em Ohio

– Nome:
Marcia

– Onde nasceu e cresceu?
Sou paulista da Capital (São Paulo). Apesar de ter sempre viajado muito por ter trabalhado em cia aerea, sempre morei no Brasil mesmo.

– Em que país e cidade você mora?
Estou atualmente morando em Ohio, USA, desde dezembro 2006.
Marcia em Ohio, Estados Unidos

– Você mora sozinho ou com sua família?
Me casei com um americano e me mudei de mala e cuia , com meu filho de 16 anos do primeiro casamento.
Nao foi facil, aos 43 anos abandonar toda uma vida no Brasil, toda esrutura, parentes, e vir morar com filho aqui nos USA. Foi uma decisao dificil, mas resolvi correr o risco. Afinal, quem ja nao correu o risco por amor?

– Há quanto tempo você reside nesse local?
Em 2005 vim para os EUA e me casei, fiquei uns tempos por aqui e voltei ao Brasil enquanto meu marido dava entrada no pedido de visto especifico de esposa, para mim e meu filho. Foi um ano de espera, muitos documentos, muito dinheiro, entrevista no consulado, stress e saudade. Mas finalmente viemos e chegamos aqui antes do Natal de 2006.
Nao foi facil sair do Brasil, sabendo que nao estaria com minha familia no Natal. Cheguei aqui no inverno, -6C (sai do Brasil com 38C). Apesar de ja estar acostumada, digo nao ser meu primeiro contato, nao foi facil.

– Você trabalha? Como a renda familiar é obtida?
Nao trabalho porque sou eu que levo e trago as criancas da escola, e aqui, na minha area, nao tem muitas opcoes de servico. Estou atualmente pesquisando algumas areas, as quais eu possa trabalhar de casa. No Brasil eu trabalhava em cia aerea, mas aqui com certeza vou mudar de area. E muito complicado trabalhar em aeroporto quando se tem filhos, trabalha-se em escala, finais de semana.

– Você fala a língua local? Você acredita que é importante aprender a língua local?
Como eu ja falava ingles, a lingua nao foi o maior problema. Atualmente continuo estudando para aprimorar o aprendizado.

– Você tem filhos? Se sim, eles se adaptaram ao novo país? Estudam e têm amigos locais?
Meu filho esta falando fluentemente, quase sem sotaque. Ele esta completamnente adaptado, tem muitos amigos e nem pensa em um dia voltar a morar no Brasil.

– O que você pensa sobre seu novo país e o local onde mora (e/ou onde morou)? Eles respeitam os Brasileiros e outros expatriados vivendo nesse país?
Aqui onde moro nunca sofri preconceito. Sempre ouvia historias, mas eu particularmente nunca tive problemas. Todos me tratam com carinho, respeito e consideracao. Nao tenho brasileiros por perto, minhas amigas sao todas americanas.

– Sente saudades da família no Brasil? Sente falta de produtos, alimentos e outras peculiaridades?
Me sinto bem adaptada aqui, apesar de sentir saudades do Brasil, nao consigo me imaginar voltar a viver la. Tenho saudades da comida, dos amigos, familia. Saudades do clima.
Mas aqui tambem, alguns dias me sinto como literalmente expatriada. Aqui nao e minha cultura, meu povo, mas adotei este lugar como sendo meu lar. Alguns dizem que lar e onde esta seu coracao. Meu coracao esta aqui, junto do meu marido e meu filho e enteado.
Gosto de morar onde moro, apesar de ser a unica estrangeira do pedaco.
Marcia em Ohio, Estados Unidos

– Você tem planos para o futuro? Pretende viver nesse país para sempre?
Nao temos planos de mudar daqui, meu marido esta enrraizado aqui. E aqui que ele tem o negocio dele, nao cogitamos nunca a possibilidade de morar no Brasil.
Nao me arrependo um minuto sequer de ter vindo. Valeu a pena e continua a valer a pena. Se tivesse que tomar esta decisao novamente, tomaria sem pensar duas vezes.
Espero que minha experiencia sirva p/ quem estiver na mesma situacao.
Se a gente nao corre riscos, nao arrisca, acho que sempre fica aquele sentimento…se ao menos eu tivesse tentado….
Esse arrependimento nao tenho.
Obrigado pela oportunidade.

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