Xangai é uma cidade fácil de se conhecer e em 2 dias dá para ter uma boa ideia do que ela tem a oferecer e ainda deixar um gostinho de quero mais (3 dias para ir na tranquilidade e 4 ou 5 para se conhecer os arredores). Nossas dicas do que fazer em Xangai eliminou um pouco dos tempos e coisas religiosas, pois já tinhamos nos empanturrado disso em Pequim e Xian.

Pela minha experiência, Xangai te puxa para o moderno, o fora do padrão e a vida cosmopolita…

Dia 1 – O que fazer em Xangai

Começamos nosso passeio nas alturas!!! Isso mesmo, descobri que o 38o andar do hotel JW Marriott é possível usufruir de uma vista 360o graus de Xangai e o melhor disso tudo? De graça! Basta chegar no prédio, ir entrando como quem não quer nada, pegar o elevador e apertar o 38! Prontinho…
Vista de Xangai do JW Marriott Vista de Xangai do JW Marriott
As fotos não ficaram lá muito boa, mas dá para ter uma ideia do que estou falando, né?

Logo ali, toda estampada nas fotos acima, fica a Praça do Povo (Renmin Guangchang – People’s Square), o marco zero da cidade!. Como curiosidade, a praça já foi uma pista de corrida de cavalos na época em que Shanghai era a “capital” do ocidente dentro do oriente, mas durante a Revolução, Mao achou melhor acabar com tudo aquilo e criou a praça, pois o jogos de apostas não era muito bom para a população! (Ele tinha um ponto, concorda?!)
People's Square por mikix
Shanghai Grand Theater, na Praça do Povo.

Sem dúvida, uma das principais atrações do complexo, é o Museu de Xangai (Shanghai Bowuguan – Shanghai Museum); com várias galerias e com entrada gratuita, escolha os setores que mais agradar e dedique-se a eles.
Dica: para evitar filas, chegue cedo!
Museu de Xangai
Shanghai Museum

Hoje, a praça abriga além do Shanghai Museum; o Urban Planning Museum, a Prefeitura de Shanghai e o Shanghai Grand Theater (projetado pelo arquiteto francês Charpentier). Anexo à praça também está localizado, no prédio de arquitetura colonial com a torre e o relógio, o Shanghai Art Museum.

Dica local: Na cobertura do Shanghai Art Museum está o restaurante Katheleen`s 5 : cozinha internacional e uma belíssima vista dessa parte da cidade. Vale conhecer, mesmo para uma taça de vinho ou um aperitivo apenas. No subsolo da praça fica o maior hub do metro da cidade e centenas de lojinhas.

PS: Essa foi a dica da Leticia, moradora da cidade, mas não tivemos tempo de ir e optamos pela vista gratuita do JW Marriot.

Atravessando Xizang Lu (lu = road) e seguindo em direção ao norte, chegamos na Nanjing Raod. Os chineses consideram o calçadão da Nanjing “o” local para as compras, mas para nossos olhos ocidentais, ela deixa muito a desejar.
Dica local: Vale a pena entrar na ‘Shanghai nº 1 Store’, que é uma loja que vende todos os tipos de snacks que os chineses adoram, mas que para nós, não são tão deliciosos assim.
Nanjing Raod
Nanjing Raod

Seguindo mais alguns quarteirões pela Nanjing Road você cairá na Bund, na minha opinião a avenida mais charmosa e fotogênica de Xangai beirando o rio Huangpu e com uma vista linda para Pudong (o bairro ultra modernex da cidade).
Bund em Xangai
Terraço da Bund…

Vista Pudong em Xangai
Casal Mikix e Pudong … Xangai :mrgreen:

Na Bund, tem vários predios históricos para babar, fotografar e ir entrando. A noite, jantar em algum rooftop também deve ser programa obrigatório, apesar dos preços! Para quem já foi a Nova York, vai adorar ver que Xangai também tem seu boi fincanceiro todo poderoso e viril… E claro, dar uma espiadinha no art deco Peace Hotel (antigamente chamado de Cathay Hotel) também não pode faltar; para quem assistiu o filme ‘O Império do Sol‘, com certeza se lembrará do hotel e quem não assistiu, não perca tempo, é um clássico e uma ótima preparação para a viagem!
Bund em Xangai
Boi na Bund… em exposição desde maio/2010.

Dica local da Leticia: Essa era a rua mais famosa da Ásia durante a primeira metade do século XX. É um lugar que merece ser visitado tanto de dia quanto a noite e também vale um estudo um pouco mais aprofundado sobre a sua história. O Bund está localizado em uma das áreas que fazia parte das concessões internacionais que a China foi obrigada a entregar a vários povos estrangeiros que dominaram Shanghai depois da Guerra do Ópio de 1842 e lá eles construíram bancos e casas de comércio no estilo ocidental. Hoje é um museu de arquitetura ocidental a céu aberto em plena China com prédios em arquitetuta Art Deco, Gótica, clássica européia e do fim da renascença. Hoje os antigos bancos foram transformados em lojas de alto padrão e restaurantes fantásticos.

Mas, recomendo agendar um jantar no Bund (no inverno as luzes da cidade ficam acesas das 18:00 às 22:00h. e no verão das 19:00 às 23:00h.) Existem muitas opções ótimas para jantar no Bund, as melhores, na minha opinião são o M on the Bund, que fivca no prédio nº 5 (reservar uma mesa na janela) ou no New Heights, que fica no nº 3 do Bund (nesse mesmo prédio também fica o Jean Georges, mais caro e fancy do que o New Heights, sendo que este segundo tem um terraço ótimo para fotos, pois fica no último andar.) Outra ótima opção para quem gosta de vinhos é o House of Roosevelt, que fica no nº 27 do Bund, perto do Hotel Peninsula. Lá sugiro reservar uma mesa na janela no 2º andar (Wine Cellar), o ambiente e a vista são fantásticos e vc pode subir no restaurante do terraço para fotos. A carta de vinhos é muito boa e tem mais de 2.000 rótulos para escolher.
Vista do New Heights em Xangai
Vista do New Heights em Xangai (foto alternativa via celular do Kikão)

Aí chegou o momento de deixar a area da Puxi (que engloba todos esses locais que descrevi acima) e ir a Pudong. Aí vem a dúvida: como cruzar o rio Huangpu? Basicamente tem 3 formas: as básicas e mais baratas seriam o metro e o ferry e a forma turistica e mais cara é pegar o famoso tunel Bund Sightseeing… Se arrependimento matasse nós não teriamos entrado naquele tunel psicodélico, sem graça e bem caro! Para ilustrar a furada, olha o video abaixo… #socorro! (de repente, para quem tiver criança, o negócio deve até ser bacaninha! Sei lá… 😕 )

Assim, Pudong não tem muita graça quando comparada com as atrações culturais da Bund e Puxi, mas não dá para deixar passar, entende?
Pudong oriental pearl tv tower
A toda imponente Oriental Pearl TV Tower

Estando no meio desses predios gigantes, fica dificil saber em qual deles subir para se ter uma boa vista… e foi assim que decidimos pelo abridor de lata, ou o Shanghai World Financial Center (SWFC). Se vocês voltarem para a foto que eu e o Kiko estamos em frente ao Pudong (4 acima), dá para ver o predio mais alto e obviamente, aquele que ele se parece com um abridor de cerveja :mrgreen: – nao confundam com a torre, tah?!
SWFC em Xangai
Lá em cima no observatório… como em todos os lugares da China, lotado!

SWFC em Xangai
Vista lá de cima! Como pegamos um dia com alto índice de poluição, acho que não valeu a pena! Mas com o dia aberto, deve ser fenomenal!

E foi assim, já com as pernas cansadas, terminamos um dia pela bela Shanghai! Jantamos no meu vício asiático Din Tai Fung, em Xitiandi, e depois, só queria saber de dormir para curtir o próximo dia nessa cidade energética!

Dicas do leitor: 

O Sergio visitou Xangai em 2016 e nos trouxe dicas gratuitas e legais para ver a cidade do alto:

1) 45o andar do Radisson Blu, na People’s Square. Eh um restaurante com vista 360 graus que fica rodando lentamente. Fui no meio da tarde, quando nao havia ninguem e pude andar entre as mesas e tirar ótimas fotos.
2) 54o andar do Grand Hyatt, na Jin Mao Tower, em Pudong. É o lobby do hotel, então pode ficar sentado nos sofás tranquilamente. Ótimas vistas de Pudong! Pode ser uma alternativa a Pearl Tower e World Financial Center (cada um deles custa 180RMB pra subir).

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