Essa foi a lição que tirei dos meses que passei aqui no Brasil devido ao falecimento do meu pai… Nunca tinha perdido alguém tão querido e tão repentinamente quanto meu “velhinho”, e o susto que a gente leva, meio que nos tira do eixo e nos faz repensar a vida daqui pra frente.

Mas esse texto não é para ficar dividindo sofrimento, mas sim, para dar uma dica do que fazer e agir em situações como essa. E uma coisa é certa, as pessoas devem abraçar mais e julgar menos!

Abrace, não julgue!

O sofrimento da perda é igual pra todo mundo, mas nem todos demonstram o sofrimento da mesma forma… e aí que mora o problema, pois as vezes, nossa sociedade pré-estabelece que devemos sofrer, chorar e deixar de viver por alguns meses para “provar” que estamos tristes e vivendo o luto de forma “correta”. Mas quem passa pela perda, sabe quem nem sempre a maneira de passar pelo luto deve ser através de um sofrimento visível e remoto… eu por exemplo, estou aprendendo a me despedir do meu pai pelas viagens (minha eterna companheira dos momentos bons e ruins), levei minha mãe para algumas aventuras no Brasil para nos distrairmos, pensarmos em outras coisas e ficarmos juntas…

Se isso está certo, sei lá… mas eu prefiro não ficar falando muito sobre o assunto, prefiro sentir minha dorzinha calada, nos meus momentos de solidão e simplesmente na minha (mas a escrita e o blog não me deixam, então me abro por aqui)… Quando saio com amigos e família, prefiro fingir que nada aconteceu, como que deixando a poeira abaixar e sou grata por eles entenderam esse meu modo de ser e também não ficavam perguntando e nem exigindo que minha postura fosse diferente.

Com isso, aprendi e repasso que independente da situação, “abrace, não julgue”, seja numa situação como a minha, ou aquela amiga que teve filho e você as vezes discorda do jeito dela educar o filho, ou do namorado chato da amiga e assim por diante (risos)…

Depois de 3 meses, hoje estou me despedindo do Brasil com um aperto no coração que nunca tinha sentido em nenhuma outra despedida… mas a vida é assim, ela continua e temos que seguir em frente!

PS: Amigos do Canadá, podem colocar mais água no feijão que estou chegando (mas antes dou uma paradinha no Panamá para conhecer mais um cantinho no mundo 🙂 )!