A Georgia me convidou para participar dessa blogagem coletiva sobre “Adoção, um ato de amor” e não tive como recusar. O tema é difícil, mas necessita ser abordado e eu vou tentar escrever alguma coisa a respeito.

Na minha família, adoção sempre foi um assunto estranho. Tenho uma prima que é adotada (filha da minha tia-avó) e ela sempre foi maluquinha e sempre arrumava confusão. Adivinha o que minha tias diziam? “Não é atoa que Deus não queria que a Tia R. tivesse filhos!“.

Essas palavras sempre ficaram na minha cabeça e a gente, quando criança, passa a acreditar nessas bobagens. Foi então que na escola, conheci 2 meninas que eram adotadas e eram extremamente felizes, conscientes da adoção e muito amadas, e toda aquela falação preconceituosa caiu por terra.

Hoje, eu e o Kiko já pensamos até em futuramente adotar uma criança se decidirmos adiarmos a maternidade ou se não pudermos ter filhos. Acredito muito que a adoção seja um ato de amor e acima de tudo, de amor mutuo.

Adoção no Canada

Já ouvi dizer que o processo de quem pretende adotar no Canada é muito frustante e demora cerca de 5 anos.

Eu sinceramente não sei se isso é fato ou mito, mas andei procurando alguns websites que discutem sobre o assunto e encontrei três muito interessantes que é um bom começo para quem tem duvidas e deseja esclarecimentos sobre o assunto:

http://www.adoption.ca/
http://www.canadaadopts.com/
Adoção na provincia de Ontario

Uma história de adoção

Achei que deveria dividir com você esse comentário que uma amiga deixou…

“Não sei se ja contei essa, mas antes de me mudar para o Canada, minha madrinha estava fazendo tratamento para engravidar com aquele medico da Fatima Bernardes, lembra?

Então, depois de gastar mais de R$50,000 em tratamentos que não deram certo, um dia eles fizeram uma festa na casa nova e mostraram um quarto vazio para um amigo dizendo que seria o quarto do futuro filho. Um dia esse amigo que ja havia voltado para a cidade dele, encontra uma gravida no salão enquanto cortava seu cabelo. Ele comentou “que barriga linda, da esse bebe p/ mim?” e ela respondeu “SIM”.

Ele surpreso, mas confirmando a seriedade da moca, correu para ligar para minha madrinha e perguntar se ela estaria interessada em adotar. Ela ja estava na lista de espera, mas com a possibilidade de adotar um recém-nascido ela ficou muito emocionada.

Bom, é uma longa estória, mas como a moca estava morando de favor na casa de um amigo, ele a levou para morar com ele e a esposa durante o final da gestação, e minha madrinha acompanhou de longe, as ultra-soms etc.

Durante esse meses finais ela escreveu um diário contando toda a sua vida para a filha, por que ter decidido abrir mão dela etc. Muito emocionante. Toda a familia ja leu o diário.

Hoje ela é uma menina muito saudável, feliz, com tudo de melhor que ela pode ter, e muito inteligente também. Aos cinco anos ela vai fazer o discurso de encerramento da turma dela do pre-escolar.

Outra coisa, ela éa cara dos pais adotivos. Eu não sei se é um amor tão grande que une as pessoas durante uma adoção, mas eu conheço várias crianças adotadas e ela são muito parecidas com os pais de coração.

Obrigada Mel por dividir com a gente essa linda historia!

Update 2: Recomendo a leitura do que a Celia escreveu sobre sua experiência. Linda história e bons esclarecimentos principalmente para quem deseja adotar internacionalmente. Ela mora na Suécia e adotou uma criança no Brasil.

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Essa tal liberdade que me foi imposta…